quarta-feira, 11 de julho de 2007

Gregori Warchavchik (1896 - 1972)

Nascido em Odessa, Rússia, formou-se em arquitetura em Roma no ano de 1920 e chegou ao Brasil em 1923.

No Brasil, em 1925, ele escreve o primeiro manifesto de arquitetura modernista do Brasil, entitulado "Futurismo?". Nessa época, a forma dos objetos, qualquer um deles, é tida como arte pelos futuristas. O desenho de qualquer peça, como um ferro de passar, é arte. Começa então a valorização do design. O futurismo é muito ligado à industrialização, às máquinas, à velocidade. Eis que surge, na Alemanha, o Bauhaus.

Warchavchik vê o prédios como máquinas de morar. Para ele, o "detalhe é inútil e absurdo". Por isso suas linhas retas, criando espaços livres e objetivos.



A residência que projetou na Rua Santa Cruz, 325, é tida como a primeira casa modernista do país. Outra construção também reconhecida como tal fica na Rua Itápolis, 961. Esta ficou aberta para visitação por um tempo, para que os curiosos transeuntes conhecessem o que seria a casa do futuro.




Oswald de Andrade enaltece a residência, diz que "a casa de Warchavchik encerra o ciclo de combate à velharia, inciado por um grupo audacioso, no Teatro Municipal, em fevereiro de 1922" e profetiza que em São Paulo existirão tantas casas geométricas que a primeira se confundiria com as demais. Erra somente quando escreve que "a casa modernista de Warchavchick não se poderá nunca perder". O presente mostra claramente que a casa já é esquecida, assim como seu arquiteto. O fato de o arquiteto ser esquecido, ou até mesmo desconhecido, não é de hoje, como ele mesmo escreve que decoramos nomes de pintores, mas não de arquitetos.

Por isso digo que no Brasil não se valoriza arquitetura, arquiteto e designers. Não há nível cultural para tanto. E aquilo que não tem nenhum valor, nem valor financeiro tem.

Visitei a primeira residência, tomabada em 1980, onde existe um jardim de 13.000 m². Para minha surpresa, na fachada, letras grandes anunciam a Casa Modernista. Outra surpresa foi saber que o jardim é aberto a visitação. A casa está cercada por tapumes devido a tardia restauração. Num país onde pouco se valoriza a cultura, principalmente a arquitetônica, a casa estava caindo aos pedaços.



A costrução da casa durou um ano, de 1927 a 1928.










sexta-feira, 6 de julho de 2007

Clássicos

Devo ao Orbital minha entrada na música eletrônica.

No filme Hackers (com Johnny Lee Miller e Angelina Jolie), quando o avião sobrevoa NY, toca Halcyon On & On e eu precisei dessa música assim que ouvi. Terminou o filme, eu corri pra loja comprar a trilha sonora, recheada de Underworld, Leftfield, Carl Cox e Prodigy.

Essa faixa é indiscutível a melhor que já ouvi. Impossível não gostar dela. Não tenho comentários pois ela toda é perfeita.

Os vocais doces são de Kirsty Hawkshaw, da banda Opus 3 (It's a fine day (tonight), recorda?).

Uma versão ao vivo mistura Bon Jovi (shot through the heart) e Berlinda Carlisle (heaven is a place on earth).

Os '9:28' valem a pena.

Clássicos

É claro que o trance tem suas pérolas.

Meu som preferido no fim dos anos noventa era o trance, o trance psicodélico e o goa. Era a época áurea do Napster e eu usava assiduamente o mIRC, sala #techno da Brasnet. Lá fiz uns amigos que me ensinaram muito sobre música eletrônica.

Essa coisa de digitar no Napster um nome de uma banda desconhecida, que fazia um som doido e essa música ser sua em alguns dias, pois a conexão era discada, era fantástico. Nas madrugadas, do meu quarto, eu descobria um mundo além da minha imaginação. Tudo através de bits e bytes. Bandas de nomes esotéricos como o Astral Projection, nomes sânscritos como Prana e sugestivos como Hallucinogen faziam a minha felicidade de adolescente. Toda aquela história mística por de trás do trance fascinava. Músicas que chamavam por Shiva, Vishnu e Krishna.

No primeiro Skol Beats teve apresentação do Total Eclipse, sensacional! Era eu tendo contato com aquelas bandas que pareciam não existir além do mundo virtual do Napster e mIRC.

Esse clipe aí do Astral Projection - Dancing Galaxy - passava na Mtv no extinto programa AMP.

The spice extends life,
the spice expands consciousness.
The spice is vital to space travel.
Travel without moving.

Ela começa com essa letra remetendo a obra Duna, de Frank Herbert. Daí entram os teclados e já se percebe que será uma faixa enérgica, cheia de altos, baixos e explosões próprias do trance. Um sintetizador dá uma sonoridade ácida e psicodélica.

No tempo '3:25' acalma e prepara para o ápice da música. Destaque para a batida, para o snare e, calro, para o teclado.

Curta!

Clássicos

Adam F - Circles

Eu não lembro quando conheci essa música, mas lembro que no primeiro Skol Beats, talvez no ano 2000, quando ela tocou foi impossível ficar parado - check check check check. Toda vez que ouço essa música eu lembro desse dia.

Pra mim uma das melhores faixas que já ouvi na vida, eletrônica, filha do drum'n'bass.

A linha de baixo é o destaque, é onde está a essência dessa música. A caixa bate rápido em bom destaque. Lá no tempo '2:48' é quando a música realmente fica boa, o baixo começa a brincar e a caixa bate 5 vezes milimetrica e hipnoticamente cronometradas, daí quebra o tempo e voltam as 5 caixas novamente.

Essa versão em vídeo tem apenas '3:46'. Pegue a original e curta os 9 minutos de pura sinfonia jungle.

Se tiver mais sorte ainda pegue a versão ao vivo com MC no Free Jazz em SP.

"The freshest sound from the UK"

A galera pira, canta junto (check check check check) e quem ouve chora por não ter estado lá.

De arrepiar

... e pensar "por quê eu não estava lá?"

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Halleluja

Conheci essa música pela sensacional trilha sonora do filme Edukators, diga-se de passagem muito bom. Nessa trilha quem canta é Lucky Jim, a melhor interpretação na minha opinião. Densa, dramática, grave.

Hoje descobri num mp3 perdido uma versão do Rufus Wainwright e também que esta música está na trilha do filme Shrek.

A versão orginal é do Leonard Cohen.

Como não encontrei a versão do Lucky Jim, postei a do Rufus que também achei bem boa, mas procure a primeira que é linda demais. Se quiser conhecer a original, digita lá Leonar Cohen.

Karen Ann

Uma musica bonitinha.

Surveillance

Ron Gilad's Dear Ingo - 2003
(Ingo Maurer)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Não saem do CD do carro, por nada









MM - Heart Shaped Glasses

Justice

Uma música feliz à la Daft Punk. Pegue o CD e ouça já a última faixa. A melhor de todas.

Von Sudenfed

Lançamento bonzinho.