sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Antony & The Johnsons



Apesar das músicas serem melancólicas, Antony Hegarty é simpático, divertido e engraçado. Ele parecia amigo do público. Fazia discurso, piadas, parava a música e pedia desculpas porque errou o tom de voz. Não se conteve e riu quando a iluminação de palco falhou.

Disse que no Parque do Ibirapuera existem árvores que nunca viu - "Wild". Que estava nervoso com os garotos brasileiros. Que as mulheres mais velhas deveriam assumir posições de poder se quisermos viver mais 100 anos na Terra. É indignado que poucos homens, que se acham superiores em relação às mulheres, mandam no mundo e decidem a vida dos restantes. Depois fazia piadinhas em torno do tema sexo, como "quicky" (uma rapidinha) e "slow, it my fisrt time" (devagar, é minha primeira vez).

Quando um espectador pediu uma música, ele disse "obrigado, por conhecer minhas músicas". O público aplaudiu e ele continuou dizendo que realmente agradecia, uma vez que seu CD não fora lançado ainda no Brasil.

No bis ele sentou de frente para a platéia e ficou em silêncio. Riamos à toa. Ele continuou em silêncio. Depois de muito pensar, tocou a última música, Hope There's Someone.

Ele nos presenteou com uma versão de "I will survive" de Gloria Gaynor. Foi maravilhoso. Uma interpretação sensacional que deu uma nova cara música.

Grande parte do público permaneceu no teatro depois do show da Cat Power. Poucas pessoas se retiraram. O público foi mais animado no show dele do que no dela. Isso me surpreendeu.

Tudo acabou como uma noite inesquecível.


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