quarta-feira, 21 de março de 2007

Ray Charles Robinson

"Sua música selvagem envenena os jovens."

Quando Ray Charles começou a colocar quem ele era em suas músicas misturando o R&B, Soul e Gospel, alguns crititicaram dizendo que ele havia usurpado a música de Deus, o Gospel.

Até então o Gospel era restrito às igrejas negras, o jazz era música de negro vagabundo e, anteriormente, os mais pobres improvisavam com o Doo-Wop, canto com várias vozes onde se imita sons de instrumentos, como o baixo. Enquanto isso, os brancos sectários ouviam pianos clássicos, pois improvisação era suja.

Colocar jovens para dançar mexendo os quadris ao som de Deus era um sacrilégio. A música enérgica, tida como selvagem, arrebatou os jovens e preparou o caminho para o Rock'n'Roll. Depois viriam Chuck Berry e finalmente Elvis Presley. Engraçado, mais uma vez os jovens são aqueles que melhor recebem as novidades sem julgamento preconceituoso. E o que seria da música americana (e mundial) sem os negros que eles tanto discriminaram? Estaríamos ouvindo Country?

Ray Charles reeinventou a música misturando estilos. É isso que algumas mentes brilhantes fazem. Lembra em 1997 quando o Prodigy lançou o CD "Fat of the Land" e saiu em todos os jornais que o rock e a eletrônica haviam se encontrado? Nos anos 2000 veio o Disco-Punk.
Mês que vem a Björk lança o novo álbum entitulado "Volta" onde ela flertará com o Hip-Hop.

A música unindo estilos, une pessoas, educa.


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